Esse traz aquele tipo de gosto
amargo na boca. É exatamente um pedido para olhar para um ponto que no momento
não parece fazer a menor diferença. Todo mundo é capaz de olhar para isso de
certa maneira, mas isso não desfaz nem um pouco a possibilidade de ter que se
deparar consigo mesmo, encurralado em paredes de lápis-lazúli, não porque a
vida realmente te puxa para isso, mas quando a alma sente-se surpreendentemente
disposta a consciência, a questão é a mesma de sempre.
Não é a toa que Ansuz, sim, Ansuz
está na parede de minha casa. Não porque a similaridade se faz necessária, não
a mim, que sou o vento que rodopia nas encostas das montanhas, eu sou o vento
que enche de ar os seus pulmões, eu sou, sobretudo a força da mente ágil, o dom
da criatividade, não fosse isso, por que me escolheria? Um mal estar lhe sobe
pelo estomago, não porque isso faça qualquer diferença, mas não fosse o nascer
tão esperado do sol. Nunca um deus morto! Nunca um deus ressuscitado! Radiante,
sim, sempre radiante. Eternamente radiante.
O rodopio ensolarado da luz nova,
da luz nova. Não fosse estar tão consciente de minha ignorância, e eu lhe
perguntaria por que eu deveria escrever sobre isso. Mas não fosse essa luz,
essa tremula luz que me transporta para um lugar, um lugar que eu sei que o
reflexo que eu vejo é, estonteantemente, solúvel nesse aspecto mutável do meu
ser. Um círculo de chamas não quer dizer nada quando se está dançando na eterna
noite de Pan.
Mas cale-se, cale-se, por um
momento, cálice. E a água estonteante de Netuno correu sobre as pedras das
montanhas que o vento lambia e era com um sorriso amargo que o bloqueio se deu
pelo o sangue que escorreria. Também sobre a mesma encosta. E meu mundo
tornou-se arte. Meu mundo tornou-se arte.
Então é disso que estávamos
falando desde o início, não estou para a verdade, nem para a verdade. E um tom
amarelado rodeia o labirinto do pulsar da poeira estelar de onde eu vim. Sim,
de onde eu vim. Um átomo consciente deveria estar realmente interessado sobre a
sua história? Mas o que diria os céus num momento desses? Por favor, por favor,
entenda. Isso não pode ser comparado. E dependurado como uma estrela pendendo
por um fio no céu de Yesod, ele sorriu, feito um anjo, feito um anjo. E não
fosse essa torrente de energia que jorra em minha cabeça - Unge minha cabeça
com óleo e o meu cálice transborda – nada poderia ser mais sensual – a longitude
desse esquadro ainda não me mostra nada.
Estou cega, estou cega! Gritaria!
Não fosse por esse movimento, por esse correr livre nesse espaço vazio de mim
mesmo, por esta pequena fresta que me deixa subir com os silfos e tocar a
flauta, que era desde então uma trombeta, e correr pelo mundo nu, como direito
de nascimento. E não me diga que não é merecido. Afinal, os dedos ainda correm
sobre as páginas e os velhos olhos ainda esperam pela frase perfeita. A frase
perfeita.
Amém.